quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O que pode nos Deter?

"Os obstáculos não podem te deter. As pessoas não podem te deter. Somente você pode deter a si mesmo." (Jeffrey Gitomer)
 Tomeu a frase emprestada de um amigo no Face. Sempre que escuto algo semelhante sinto que algo se move em meu interior.
O que nos faz parar? o que nos faz desanimar? Contrariedade. Somos contrariados em nosso impulso, vontade, desejo, sonhos, em nosso mundo pessoal e privado.
O que nos leva a ruminar idéias, argumentos, defesas, questionamentos, perguntas para as quais parece não haver uma resposta que nos satisfaça? Incompreensão. Não entendemos, não compreendemos em amplitude, sentimo-nos incompreendidos.
O que é capaz de provocar ebolição e nos fazer experimentar  conturbadas emoções? Problemas. Problemas familiares, escolares, relacionais, afetivos, de trabalho, enfim, horizontais e verticais.
O que nos faz querer desistir? Situações não resolvidas corretamente porque não admitimos enfim a nossa parcela de responsabilidade em cada uma das situações relatadas e outras não mencionadas.
Ouvi a poucos dias de uma professora de Juniores sobre a constatação de que nossas crianças não conseguem compreender o verdadeiro significado de culpa. Elas não conseguem assimilar sua parcela de responsabilidade nas situações desagradáveis nas quais se veem envolvidas. Durante essa conversa, uma luz parecia esclarecer a verdadeira razão de passarmos a vida justificando nossa infelicidade, insucesso, problemas e limitações nas faltas dos outros. Por isso o pensamento de Jeffrey Gitomer me chama a atenção.
Gastamos tempo demais dos defendendendo, justificando, buscando respostas para nossos problemas e acabamos parando, porque a dívida que os outros passam a ter conosco é simplesmente impagável. Daí paramos. Desanimamos. Desistimos.
 Filipenses 4:11-12 diz: Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade.Tudo posso naquele que me fortalece.
 Paulo realmente não dependia das pessoas para ser feliz, para prosseguir, para cumprir seu Chamado. Não que ele recusasse o relacionamento, pois ele buscava pessoas com as quais pudesse compartilhar o propósito do Senhor. Simplesmente, aprendeu que nada e pessoa alguma poderiam roubar-lhe a convicção do chamado, do propósito divino. Aprendeu que não valia a pena gastar tempo para argumentar contra aqueles que lhe combatiam a fé, para se defender das acusações que lhe eram feitas, para lamentar os amigos e discípulos perdidos. As pessoas não paravam Paulo. Suas emoções não eram abaladas pela desonra, pela falta de compreensão ou qualquer outra coisa.

Sabemos entretanto que o ser humano tende a ouvir o seu coração, ao invés do Espírito Santo. Quando estamos transtornados, ouvidos nossos sons interiores como as bravias águas do mar. Nessas ocasiões não é fácil discernir a voz do Espírito Santo.
 Jeremias 17:9 O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa e sua doença é incurável. Quem é capaz de compreendê-lo?
 Quanto mais damos ouvido ao nosso coração, mais nadamos em águas rasas e bravias. Quando vemos estamos andando, na beira do mar, distante do propósito original, pois a vontade de Deus e o Espírito Santo habitam em águas profundas e silenciosas. Longe das emoções.
 Ezequiel 47:5 Mediu mais quinhentos, mas agora era um rio que eu não conseguia atravessar, porque a água havia aumentado e era tão profunda que só se podia atravessar a nado; era um rio que não se podia atravessar andando.
 Aquele que reconhece pois, que nada tem o poder de deter o chamado que há em si, é alguém que deixou-se levar pelo rio, pelas águas profundas, guiados pelo Espírito Santo. Alguém que Aprendeu a ser feliz, aprendeu a ter e a não ter, aprendeu que não existe culpa simplesmente, existe responsabilidade compartilhada, que pode ser dissipada quando é assumida!

Que Deus nos ajude a não gastarmos energia e tempo com aquilo que tem o potencial de nos Deter!

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