quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Perdoar, eis a questão!

Perdoar. Eis a questão. Dever? Obrigação?
De todas os ensinamentos que recebemos, esse talvez seja um dos mais difíceis de se praticar. Por mais que nos ensinem, por mais que aprendamos na palavra, estamos sempre nos perguntando sobre a necessidade disso ou não. A primeira questão que nos vem a mente é: porque devo perdoar se eu é quem fui ferido? Meu ofensor é quem deveria me pedir perdão! A segunda questão que nos ocorre é: porque devo perdoar, se o ofensor não está nem aí, e não vai mudar? porque devo correr o risco e me expor ao relacionamento que me fez sofrer?
É impressionante como o sentimento de vítima é forte em nós. Sentimos a dor. Sentimos a raiva, a vergonha, a humilhação, o desejo de vingança. Buscamos vez após vez em nossas mentes o porque de tão grande ofensa. O que fiz por merecer? Que injustiça! E eu que sempre fiz tudo para ele ou ela!Porque coisas ruins acontecem com pessoas boas e corretas?
Pareceu-me coerente o texto ao lado.  Normalmente, somos feridos por pessoas boas. Pessoas próximas. Aquelas a quem mais admiramos ou amamos! Não somos feridos por pessoas que não nos dizem respeito. Estamos imunes a eles. Mas não estamos imunizados contra o amor.´
É, quem ama fere. Quem ama perdoa! Só quem ama é verdadeiramente capaz de perdoar. E amar não é sentimento. Amor é atitude. Atitudes são prova de amor. Jesus morreu por mim antes que eu o conhecesse, para dar-me a oportunidade de poder desfrutar do seu amor. Ao morrer ele me perdoou. Colocou na cruz os argumentos do pecado. Não mais olhou para eles. Ele estendeu sua mão de amor para mim e a manteve assim!
Certa vez experimentei uma situação muito difícil com alguém muito amado. Ele me abandonou em um grande momento de minha vida. Não sabia o que estava fazendo. Chorei dolorosamente durante aquele momento. Chorei anos a fio quando via o vídeo do evento. Mas entendi que devia perdoar. Eu estava presa. Estava atada ao passado. Não podia prosseguir. Pedi Perdão. Anos se passaram. Estava Aliviada até esta semana.
Novamente, em um grande momento, com outra pessoa muito amada, a situação se repetiria. Mas desta vez eu o veria fazendo o que esperei que fizesse comigo. Senti o coração bater mais forte a cada dia que o evento se aproximava. Enfim, chegou o grande momento. Apesar do coração palpitar como um grande tambor, sentí-me livre e feliz. Feliz porque ele conseguiu finalmente cumprir seu papel e concluir sua missão. Percebi que ele também estava preso. Mas o momento o libertou.
Valeu a pena! Deixo isso para você leitor:
"Melhor que perdoar, é encontrar-se novamente na situação que o feriu e sentir-se livre e feliz".
um grande abraço!

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